Volvo 340 GL

O Volvo 340 GL, mais conhecido como Polvo ou Polvinho para a família.

A história deste polvo é muito prática e muito simples, eu já tinha o meu Nissan e já tinha percebido também que arranhões naquele carro saíam caros, portanto, o melhor, era deixar esse dinossauro somente para as rotundas que são bastante seguras. No entanto, o meu eterno desejo por andar de lado tinha de ser satisfeito. Pedi na minha fortíssima fan base de 800 pessoas no Instagram, se alguém conhecia um proprietário de um drift missile on budget. Surgiu então o Volvo. 600€. Negócio fechado.

Fui buscar o Polvinho a uma oficina na EN de Entre-Os-Rios, que conveniente, a minha estrada favorita. Eram 18h, noite, chuva e um carro que eu nunca vi na vida, tinha alguma ferrugem, não contava os kms desde os 150.000, ia no vigésimo dono, provavelmente e apresentava uma boa disposição para escorregar nas curvas. Uma jante 14 ou 15, pneus 155 se não estou em erro. Como ele escorregava.

Vim com ele a fundo logo nos primeiros 10min, sei a estrada de cabeça, o que é que pode correr mal? Ora bem, muita coisa… Primeiro, ao fim de 20 metros percebi que o carro não tinha ABS, no entanto, experiências passadas, fizeram-me dominar esse tipo de veículos e então não demonstrou ser um grande problema, se a traseira pode escorregar, porque não a frente também? Mas não fica por aqui.

Quando já circulava na Via de Cintura Interna deparei-me com um retrovisor sem espelho, uau, 10 minutos com o carro e já faltam peças. Na saída da AE para minha casa, o piso estava seco, hora de testar o grip da máquina… não existia, a suspensão esgotou a curvar, os pneus estavam no arame e rumo ao Rail! Mas não batemos, foi bom…

Dia seguinte e ainda não chovia, não vi grande utilidade no Polvo nesse dia, mas estava com muito tempo livre… por isso, coitado do carro. Pintei as jantes à serralheiro, desci passeios, saltei escadas e estraguei o carro. Quando chega o reboque, horas mais tarde, já chovia… “Agora que chove, já não tenho a merda do carro para ir fazer drifts…”

O carro mais tarde regressou para as minhas mãos, arranjado e eu aproveitei para fazer drifts todas as noites, todas as noites estragava algo, mas era um carro económico, eu metia 50€ e alguma coisa partia antes.

O desfecho do Polvinho não foi o mais feliz, não vou ser 100% honesto nesta ultima parte, mas digamos, que quando se perde o respeito pelo carro, podemos ter um acidente sem querer porque vamos distraídos… isso é muito chato, principalmente quando parte o teu drift míssil com jante cor de rosa à sucateiro que já tem pouco esperança de vida.
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